» [Revisão - Biologia] – TECIDO EPITELIAL

Você conhece as principais características do tecido epitelial? Conhece suas funções? Então não perca a chance de revisar Biologia e arrasar nas questões do Enem!


O tecido epitelial é responsável por revestir o corpo externamente e as cavidades internas de nosso organismo, como o tubo digestório, o sistema respiratório e urinário. Esse tecido confere proteção contra atritos, desidratação e entrada de microrganismos. Sua principal característica é o fato de que suas células estão coladas, bem juntinhas umas das outras. Esta é a sua maior vantagem para manter o organismo longe de seres oportunistas, como bactérias e fungos. Saiba isso e muito mais sobre o tecido epitelial e arrase nas questões de Biologia do Enem e dos vestibulares!

Para iniciar sua revisão, veja esta divertida videoaula do professor Paulo Jubilut sobre tecido epitelial:



E aí, gostou da videoaula? Muito legal, não é mesmo? Agora, para saber tudo sobre o tecido epitelial, veja este super resumo que preparamos para você:

Funções gerais do tecido epitelial: A principal função do tecido epitelial é a proteção do organismo, formando uma barreira contra os microrganismos que naturalmente existem sobre nossa pele. Além disso, o tecido epitelial ajuda a evitar a desidratação do organismo, bloqueando a perda de água em excesso. Outra função do tecido epitelial é de absorção de substâncias, que ocorre principalmente no sistema digestório. Esse tecido pode ainda ter a função secretora, eliminando substâncias através das glândulas derivadas desse tecido.

Características gerais do tecido epitelial: O tecido epitelial é formado por células justapostas. Isso quer dizer que suas células estão bem coladas umas às outras, sem espaços entre si. Isso trás resistência ao tecido, resistindo a atritos e à intervenção de microrganismos. Essa firmeza entre as células se dá por conta de especializações de membrana como os desmossomos e interdigitações, que mantém as células bem aderidas umas às outras. Essa adesão faz com que não haja espaços entre as células e, assim, praticamente não há material extracelular ou intersticial. Além disso, não há também vasos sanguíneos e nervos. Por tal motivo, quanto você retira suas cutículas na manicure ou corta aquela “pelezinha” do canto da unha com o cortador, não há sangramento, pois você está retirando apenas tecido epitelial. Como o tecido epitelial não possui vasos sanguíneos, ele precisa que os tecidos adjacentes (como o tecido conjuntivo propriamente dito) o ajudem, transportando nutrientes e gases através de osmose e difusão para suas células.

Tipo de células e estrutura do tecido epitelial: O tecido epitelial pode ser formado por uma ou várias camadas de células. Quando ele possui apenas uma camada de células, dizemos que ele é um tecido epitelial simples. Quando ele possui muitas camadas, é chamado de estratificado. Às vezes, as células podem ter formatos diferentes, mais baixas ou mais altas, aparentando formar diferentes camadas, mas na verdade tendo apenas uma. Nesse caso, podemos chamá-los de pseudoestratificados, como no caso da traqueia e dos brônquios. Podemos também classificar o tecido epitelial de acordo com o formato de suas células: quando são achatadas, com formato de “lajotinha”, como nos alvéolos pulmonares, chamamos de tecido epitelial pavimentoso; quando têm formato de cubos, como nos rins, é chamado de tecido epitelial cúbico; se possui formato cilíndrico, como nos intestinos, é chamado de tecido epitelial colunar ou prismático; pode ainda ter formato que muda de acordo com a ação de um órgão, como a bexiga que pode estar mais esticada ou murcha, nesse caso, chamamos de tecido epitelial de transição. Em alguns casos, há também algumas regiões do organismo onde as células do tecido epitelial podem apresentar cílios, para aumentar sua área de absorção (no intestino) ou para filtrar substâncias (como no caso dos brônquios).



Tecido epitelial na composição da pele humana: A pele humana é um órgão composto por três camadas de tecidos: epiderme (composta de tecido epitelial), derme (composta de tecido conjuntivo) ehipoderme (ou tela subcutânea, formada de tecido adiposo). Como você já sabe, o tecido epitelial não possui vasos sanguíneos e precisa ser auxiliado pelo tecido adjacente para receber nutrientes e gases. Na pele não é diferente. O tecido epitelial que reveste nosso corpo externamente é pavimentoso estratificado. Sendo assim, a camada mais interna desse tecido e mais próxima da derme, chamada de camada basal, é a camada que recebe maior quantidade de nutrientes e gases. Assim, é nessa região que as células epiteliais se proliferam e, à medida que surgem, são empurradas para as camadas superiores. Quanto mais se distanciam da camada basal, estas células recebem cada vez menos nutrientes e estão mais sujeitas ao desgaste pelo ambiente, morrendo e sendo descamadas. Além disso, à medida que vão ficando em camadas mais externas, produzem cada vez mais queratina – proteína que impermeabiliza e protege as células.

*Atenção: Alguns autores consideram que a pele tem apenas duas camadas de tecido: epiderme e derme.

Tipos de tecido epitelial: Há dois tipos de tecido epitelial – o tecido epitelial de revestimento (que reveste as superfícies internas e externas do organismo) e o tecido epitelial glandular ou secretor (presente nas glândulas). Há, basicamente, três tipos de glândulas: exócrinas (que secretam substâncias para fora do corpo, como as sudoríparas, sebáceas e mamárias), endócrinas (que produzem substâncias para dentro do corpo, os hormônios, como a tireoide e a hipófise) e mistas (glândulas que produzem substâncias tanto para dentro quanto para fora do organismo, como o pâncreas que secreta hormônios e o suco pancreático).